IA + Cripto: a hora de construir é agora
Como dinheiro programável e agentes de IA abrem novos produtos e receitas
ARTIGOS
9/26/20257 min read


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Se você acompanha a IA para Negócios há algum tempo, sabe que meu foco é sempre prático: como transformar tecnologia em resultado. Nos últimos dias assisti a conversa “Now is the best time to build In Crypto” da Y Combinator, com Jesse Pollock, da Base/Coinbase.
Curiosidade: em 2021 eu participei do programa de aceleração de Startups da Y Combinator como sócio da Ahazou, uma startup focada em criação de conteúdo para micro empreendedores.
Assistindo o video, fiquei com uma convicção: o melhor momento para construir coisas úteis em cripto é agora, sobretudo quando a IA entra na jogada.
Quero te mostrar no artigo dessa semana o que dá para fazer hoje, onde estão as oportunidades para empreendedores e empresas, e como IA e cripto se encaixam para destravar novos produtos, modelos de negócio e impactos reais na vida das pessoas.
1) Do hype à utilidade: por que “agora” é diferente
Jesse faz uma analogia direta: o que está acontecendo nas blockchains se parece com o momento da banda larga na internet. Custos transacionais caíram de dólares para centavos, latência melhorou, e a experiência do usuário (carteiras, onboarding) finalmente começa a parecer “app normal”, não laboratório.
Ao mesmo tempo, IA amadureceu como interface. Em vez de obrigar o usuário a entender endereços, redes e taxas, assistentes de IA conseguem explicar, decidir e executar, ou seja, dar a experiência de app, com a liquidação e o registro acontecendo por baixo, na blockchain.
Essa dupla (infra barata + IA como orquestradora) cria espaço para produtos de consumo e B2B que antes eram inviáveis.
2) A evolução Fintech 1.0 → 2.0 → 3.0 (e onde você entra)
Fintech 1.0 (anos 90): o mundo aprendeu a pagar online (PayPal etc.).
Fintech 2.0 (última década): Usabilidade por cima do sistema legado (bancos digitais, carteiras, crédito com melhor experiência).
Fintech 3.0 (agora): dinheiro como software. Em vez de adaptar processos antigos, dá para reescrever fluxos de pagamento, liquidação, propriedade e reputação em uma base programável (blockchain), com IA operando a camada de decisão e interação.
Tradução para negócios: menos fricção, mais automação, menos intermediários e novos modelos de receita.
3) L1, L2 e a “pista expressa” que barateia tudo
Camada 1 (L1): infraestrutura base (Bitcoin, Ethereum, Solana…) — segurança e descentralização máximas, como um “tribunal global” onde o registro vale.
Camada 2 (L2): “pistas expressas” em cima da L1 (ex.: Base/Ethereum). Elas comprimem milhões de transações e publicam provas na L1. Resultado: escala com custo menor e segurança herdada.
Por que você deve ligar para isso? Porque o seu usuário não precisa escolher rede ou entender jargão; a sua IA escolhe a rota mais barata e confiável. O que antes era um labirinto, vira usabilidade de aplicativo.
Por exemplo, eu já contei sobre um projeto de cripto que estamos desenvolvendo na FAST. Imagina comprar cripto ativos diretamente do seu whatsApp! Você não precisa saber sobre rede, protocolo, staking, stable coins… Tudo foi pensado para ter uma usabilidade simples e intuitiva.
4) As quatro viradas que abrem a temporada de construção
Escalabilidade: transações baratas e rápidas (L2).
Regulação mais clara: menos “incerteza jurídica”, mais previsibilidade para founders.
Stablecoins maduras: dinheiro programável com paridade a moedas fortes (e, cada vez mais, moedas locais).
Carteiras simplificadas: recuperação social, endereços legíveis, onboarding que parece login.
Com esses quatro blocos, dá para pensar produtos que saem do pitch e viram utilidade.
5) Onde IA + cripto destravam oportunidades agora
5.1 Pagamentos programáveis (B2C e B2B)
Problema de hoje: taxas altas, conciliação manual, D+1/D+2, fronteiras.
Solução viável:
Checkout com stablecoin e Pix/cartão no mesmo fluxo; a IA conversa com o cliente (“qual é mais barato/rápido para você?”), fecha e reconcilia.
Split automático (fornecedores, afiliados, creators) via contrato inteligente; a IA gera notas e comprovantes e alimenta ERP/CRM.
Assinaturas e uso: “cobre X por mês ou a cada N usos”, a IA acompanha consumo e executa a cobrança programada.
Quem ganha: e-commerce, SaaS, marketplaces B2B, criadores.
5.2 Folha global e incentivos com menos atrito
Problema: pagar colaboradores em 3 países, cada um com preferências e taxas.
Solução viável:
Payroll em stablecoin com câmbio programável; a IA coleta preferências (moeda/data), confere KYC/contrato e processa.
Bônus por performance com regra clara (“bateu meta X?”) e liquidação automática. Tudo auditável.
Quem ganha: startups remotas, operações com freelancers, comunidades open source.
5.3 Tokenização com utilidade (nada de “moedinha por moda”)
Problema: ativos e direitos mal representados no mundo digital.
Solução viável:
Ativos do mundo real (RWA): frações de recebíveis, contratos de energia, cotas imobiliárias — custódia/compliance seguem regras, mas registro e liquidação viram software.
Direitos autorais 2.0: a IA reconhece reuso de conteúdo, calcula royalties e liquida on-chain.
Quem ganha: fintechs de crédito, proptech/energia, plataformas de mídia/educação.
5.4 Agentes de IA que “mexem no dinheiro” com segurança
Problema: automações atuais dependem de integrações frágeis.
Solução viável:
Agente de compras: monitora estoque, compara fornecedores, fecha pedido com condições programadas e paga em stablecoin quando o fornecedor prova entrega.
Mini-CFO autônomo: previsão de caixa + execução (pagar, provisionar impostos, alocar sobras em RWA de baixo risco), tudo com trilha on-chain.
Quem ganha: D2C, operações B2B com giro alto, PME sem financeiro robusto.
5.5 Verificabilidade e autenticidade em tempos de IA generativa
Problema: “o que é real?”
Solução viável:
Selos de procedência: conteúdos assinados digitalmente; a blockchain registra quem publicou o quê e quando.
Trilhas de auditoria: cada ação de um agente de IA deixa provas verificáveis (ótimo para compliance e setores regulados).
Quem ganha: mídia, educação, govtech, saúde, jurídico.
6) Stablecoins e moedas locais: impacto direto na vida real
Stablecoins já viraram o “dinheiro programável” que funciona de forma global e quase instantânea — perfeito para remessas, pagamentos entre empresas e assinaturas.
O próximo passo é a expansão de stablecoins de moedas locais (como BRL) para que comunidades e empresas capturam valor na própria moeda, sem ficarem reféns do dólar. Para quem vende ou contrata fora, isso tira atrito e abre mercado.
7) Construir pequeno para aprender grande (mentalidade de produto)
O conselho é simples e bom: comece com o básico. Por exemplo, crie uma interface de swap (AMM) só para aprender sobre carteira, assinatura, liquidação e o poder do “sem permissão”. Em seguida, evolua para um contrato simples que resolva uma dor concreta do seu nicho (pagamento condicional, split, garantia, royalties etc.).
A IA entra como colinha de UX: conversa com o usuário, traduz jargão, escolhe rede, checa taxas, preenche dados — e você mantém a revisão humana onde há risco.
8) Riscos e cuidados (pé no chão)
Regulação: muda por país e por caso de uso (pagamentos, KYC/AML, valores mobiliários). Tenha um advogado cedo. rs
Custódia e segurança: se tocar ativo do cliente, trate como assunto crítico (multi-sig, políticas, auditoria).
Privacidade: IA não deve levar para fora dados sensíveis sem regras; anonimize e registre só o necessário.
UX acima de tudo: o usuário não quer seed phrase nem escolher rede; abstraia.
Unit economics: faça conta de fee + margem desde o primeiro protótipo.
9) E a sociedade? Três impactos que valem vigiar
Inclusão financeira de fato: payroll e remessas com custo baixo e liquidação instantânea reduzem atrito para quem vive na ponta.
Economia de criadores e PMEs: direitos e recebíveis claros, pagamentos programáveis e previsibilidade de caixa.
Transparência: registrando ações relevantes (humanas e de IA) em trilhas auditáveis, confiança deixa de ser marketing e vira prova.
10) Conclusão: IA + cripto = velocidade, novas receitas e menos atrito
Não se trata de “criptografar tudo”, nem de “IA mágica”. Trata-se de usar IA como cérebro de orquestração (falar com o usuário, decidir, explicar) e usar blockchain como espinha dorsal (liquidação, propriedade, prova).
Quando esse encaixe acontece, produtos nascem mais rápido, com operações mais enxutas e modelos de negócio que simplesmente não eram possíveis no mundo 100% legado.
Se você é empreendedor(a) ou executivo(a) e tem uma tese do tipo “o que está quebrado aqui?”, este é um ótimo momento para construir — pequeno, focado, com utilidade. IA e cripto já dão as ferramentas; o valor está em entender a dor, desenhar a experiência e distribuir.
Se quiser, posso te ajudar a mapear um primeiro caso de uso que “paga a conta” (pagamento condicional, split, royalties, folha global, agentes de IA com trilha on-chain). Me segue no Instagram e seguimos a conversa. E me conta: qual dor do seu mercado IA + cripto conseguem resolver hoje? Vou trazer os melhores exemplos nas próximas edições.
Por que confiar na FAST?
Fazemos parte de um grupo com mais de 20 anos de experiência em lançar produtos digitais. Nosso time é composto por profissionais altamente qualificados, com vasta experiência em startups e nas tecnologias mais inovadoras do mercado, incluindo Inteligência Artificial, Cripto (Web3) e Vibe Coding.
Nós já passamos pelo caminho difícil e sabemos exatamente como acelerar a sua jornada do zero ao mercado. Vamos bater um papo?
Sobre mim: Leonardo Zeferino
Sou empreendedor, especialista em tecnologia e apaixonado por construir soluções que resolvem problemas reais. Nos últimos 13 anos, atuei à frente de startups e produtos digitais, liderando equipes, desenvolvendo estratégias e tirando ideias do papel com velocidade e impacto.
Hoje, meu foco está em ajudar pessoas e negócios a aplicarem Inteligência Artificial, Criptoativos e novas abordagens como o Vibe Coding para transformar processos, gerar novas fontes de receita e escalar com inteligência.
Lidero a FAST, uma empresa especializada em soluções com IA e Vibe Coding para negócios de todos os tamanhos.
Acredito que a IA não é um tema para “especialistas”, mas sim uma ferramenta estratégica que qualquer negócio pode usar — e meu trabalho é provar isso, com exemplos práticos e acessíveis.
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